Na liturgia de hoje, na primeira leitura, somos convidados a reconhecer nossa identidade em Cristo — como filhos perdoados, jovens fortalecidos e pais experientes na fé — e a rejeitar o amor ao mundo, que é passageiro, para viver segundo a vontade de Deus, que permanece para sempre.

São João fala aos “filhinhos”, “pais” e “jovens”, mostrando que todos — iniciantes, maduros e combatentes na fé — têm lugar na comunidade. Cada etapa da vida espiritual é marcada pela graça: perdão, conhecimento de Deus e vitória sobre o maligno. O apóstolo alerta que não devemos nos apegar às seduções do mundo — desejos da carne, cobiça dos olhos e orgulho da vida. Esses valores são passageiros e não vêm do Pai. Enquanto o mundo passa, quem faz a vontade de Deus permanece para sempre. É um convite à fidelidade e à esperança naquilo que não se corrompe.

Em resumo: somos chamados a viver como filhos perdoados, firmes na fé, rejeitando o que é transitório e buscando o que é eterno — a vontade de Deus.

No salmo responsorial temos, « Oferecei um sacrifício nos seus átrios, † adorai-o no esplendor da santidade, / terra inteira, estremecei diante dele! »

No Evangelho, temos a profetisa Ana, mulher idosa, viúva, que dedicava sua vida ao Senhor no templo, em oração e jejum. Ao ver o Menino Jesus, ela reconhece nele a salvação e anuncia a todos a esperança que Israel aguardava.

Ana é exemplo de quem permanece fiel a Deus durante toda a vida, mesmo nas provações. Sua dedicação constante ao templo mostra que a verdadeira força espiritual nasce da intimidade com Deus. Ao reconhecer Jesus, Ana se torna anunciadora da Boa Nova, mostrando que todos somos chamados a proclamar Cristo. O texto conclui dizendo que o Menino crescia em sabedoria, graça e força, revelando que a vida humana de Jesus foi marcada por um desenvolvimento pleno diante de Deus e dos homens.

Em resumo: esta leitura nos ensina que a perseverança na oração e a fidelidade a Deus nos permitem reconhecer sua presença e anunciar ao mundo a alegria da salvação.

Na certeza de Jesus conosco neste ano que está quase terminando, nossa Terça-feira continuará sendo um espaço de fé, esperança e gratidão, onde renovamos nossas forças na oração e nos preparamos para viver o novo ano na presença amorosa de Deus.