Na liturgia de hoje, na primeira leitura, o profeta Isaías anuncia ao rei Acaz que Deus dará um sinal: “Eis que a jovem está grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel” — que significa “Deus conosco”. Acaz hesita em pedir um sinal, mas o Senhor mesmo toma a iniciativa. Isso mostra que Deus não abandona seu povo, mesmo quando falta fé. O nascimento do Emanuel aponta para Jesus Cristo, cumprimento pleno dessa promessa. Ele é a presença viva de Deus entre nós. O texto nos recorda que, em meio às dificuldades e inseguranças, Deus se faz próximo e oferece a verdadeira paz. Somos convidados a reconhecer que Cristo é o sinal definitivo do amor de Deus e a confiar que Ele caminha conosco em todas as circunstâncias. Em poucas palavras, esta leitura nos ensina que Deus não abandona seu povo, mas se faz presente em Jesus, o Emanuel, trazendo esperança e salvação.

No salmo responsorial temos, « Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, / o mundo inteiro com os seres que o povoam; / porque ele a tornou firme sobre os mares / e, sobre as águas, a mantém inabalável. »

Na segunda leitura, neste início da carta, São Paulo se apresenta como servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo e destinado a anunciar o Evangelho de Deus. Ele recorda que essa Boa Nova já havia sido prometida pelos profetas e se cumpre plenamente em Jesus Cristo, Filho de Deus, descendente de Davi segundo a carne e constituído Senhor pela ressurreição. São Paulo mostra que sua vida está totalmente entregue ao serviço de Cristo. Isso nos inspira a reconhecer que também somos chamados a viver como testemunhas do Evangelho. A carta é dirigida “a todos os que estão em Roma, amados de Deus e chamados santos”. Isso revela que a mensagem não é restrita, mas destinada a todos os povos. São Paulo deseja que os fiéis recebam a graça e a paz de Deus Pai e de Jesus Cristo. Essa saudação é mais que uma fórmula: é um dom real que sustenta a vida cristã. Somos convidados a redescobrir nossa identidade como “chamados à santidade”, vivendo no mundo como portadores da Boa Nova e da paz de Cristo. Em síntese, esta leitura nos lembra que somos chamados por Deus, santificados em Cristo e enviados a anunciar o Evangelho com alegria e fidelidade.

No Evangelho, São José se vê diante de uma situação desconcertante: Maria está grávida, e ele não compreende como isso pode ser obra de Deus. Mesmo assim, ele escolhe agir com justiça, misericórdia e discrição. Quando o anjo lhe revela o plano divino, José não discute, não adia, não exige explicações. Ele simplesmente confia e acolhe.

A atitude de São José nos ensina que a fé verdadeira não é apenas acreditar em Deus, mas permitir que Deus conduza a nossa vida, mesmo quando não entendemos tudo. O nascimento de Jesus, anunciado como “Deus conosco”, mostra que Deus não abandona a humanidade: Ele se faz próximo, entra em nossas fragilidades e transforma o que parecia impossível. A mensagem central é clara: Deus age na simplicidade e pede de nós um coração disponível. Como São José, somos chamados a confiar, acolher e cooperar com a obra de Deus em nossa vida.

Na certeza que buscamos a santidade em Cristo Jesus, nosso Domingo será um encontro de paz, alegria e esperança, vivido na presença do Senhor que caminha conosco.